Hoje através do curso abaixo pude aprender sobre a relação consumo e felicidade:
Como Gastar Conscientemente
O curso busca orientar as pessoas para que possam consumir de maneira consciente dentro de seu orçamento e atendendo aos seus objetivos.
Ao final do curso, você deverá saber responder:
Ao final do curso, você deverá saber responder:
- - Qual é o objetivo de administrar meu dinheiro?
- - Eu preciso ou eu quero isto?
- - Comprar à vista ou a crédito?
- - O consumo me faz mais feliz?
Destaque para um trecho do artido de Luigino Bruni em "Sobre o consumo e a felicidade":
(...) Tanto o consumismo quanto os movimentos anticonsumistas estão presentes
hoje nos processos globalizados. Uma incursão pela história econômica visa
mostrar que, inicialmente, o assunto recebia da economia clássica a atenção
relativa aos fatores sociais e psicológicos que influenciaram suas dinâmicas.
Atualmente, o filão que pode determinar uma abordagem mais real do problema
do consumismo é a relação consumo-felicidade. Tal abordagem mostra que
a equação riqueza = felicidade não é correta, não se verifica na mesma proporção,
e que, muito freqüentemente, possuir mais riquezas torna as pessoas
mais infelizes. (...)
(...) Estou entre os muitos que se mostram insatisfeitos com um dos
dogmas que ecoam diariamente nos meios de comunicação: é preciso
consumir mais, do contrário as economias nacionais não crescem e entram
em depressão. “Consumir mais”: de um lado (demanda) aumenta
a satisfação/bem-estar/felicidade das pessoas; do outro (oferta) cria-se
trabalho para as famílias (que depois, fechando o círculo, utilizarão
a renda produzida para consumir mais).
Por tudo o que eu disse nestas páginas, creio que contamos
com os elementos para “problematizar” alguns lugares comuns sobre
o consumo. De fato, procurei mostrar que nem sempre é verdade — e
o é cada vez menos — que consumir mais bens aumenta a felicidade
que buscamos.
Além disso, “consumir mais” não significa necessariamente consumir
mais “mercadorias”. Devemos alargar a categoria de “bem econômico” para incluir aí relações, encontros pessoais. Podemos “consumir
mais” consumindo “melhor”, consumindo diversamente (pensemos no
desafio do consumo “crítico”), dedicando mais tempo aos outros, não
para vender e comprar também a amizade ou um sorriso, mas pelo
menos para reconhecê-los como bens e não destruí-los; e talvez para
criar as condições, culturais e institucionais, necessárias à reprodução
de bens que estão se tornando cada vez mais escassos.
Transformar o consumo posicional em consumo relacional, ou
seja, orientar para a felicidade privada e pública essa necessidade de
aprovação do outro, realidade essa tão profundamente arraigada na
pessoa humana, que existe para se viver em comunhão.
Os bens são símbolos. Nós, uma vez satisfeitas as necessidades
básicas, não consumimos porque nos interessam os bens em si, mas
porque eles nos remetem a alguma outra coisa. Sob a sua embalagem
normalmente se escondem pessoas, relações humanas. (...)
segue link deste artigo na íntegra: http://www.edc-online.org/en/publications/pdf-documents/ensaios-br/73-sobreoconsumoeafelicidade/file.html