Wednesday, September 15, 2010

Felicidade Relativa x Felicidade Absoluta


O que é felicidade relativa?

Quando as necessidades ou desejos de uma pessoa são realizados, ela se sente feliz, mas a simples realização desses desejos não pode sustentar essa felicidade. Mesmo apesar de não estarmos totalmente satisfeitos com nossa vida atual, podemos sentir que somos mais felizes do que antes. Porém, ninguém é continuamente feliz. Por melhor que seja a situação, há também momentos ruins.
A felicidade é uma condição momentânea que muda de acordo com as circunstâncias da vida, é transitória. Buscamos realizar nossas necessidades ou desejos pessoais, acalentando um êxito individual, tais como posição social, fama, riqueza e poder.

Em um discurso, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, afirma: “Há pessoas que vivem em mansões suntuosas, mas não são nem um poucos felizes. Há outras que possuem uma riqueza fabulosa, mas são miseráveis. A riqueza não equivale à felicidade. Ao contrário, ela pode ser para muitas pessoas uma verdadeira fonte de sofrimento. Da mesma forma, o simples fato de terem conquistado uma posição social ou se formado em uma faculdade de prestígio não significa necessariamente que serão felizes.

“A felicidade advinda de coisas externas ou superficiais é apenas uma felicidade relativa, que pode desmoronar a qualquer momento. Por exemplo, vocês podem receber uma promoção no trabalho, mas depois se encontrarem num beco sem saída, sem conseguir resolver um problema. Ou podem se casar em meio a uma chuva de felicitações, simplesmente para enfrentarem depois a desarmonia em seu relacionamento, ou problemas com os filhos. Da mesma forma, independentemente do quanto sejam capazes ou talentosos, se se permitirem serem derrotados pela doença, por exemplo, não poderão dar o melhor de sua habilidade. Há ainda pessoas que seguem por um caminho que julgam levá-las à felicidade, mas acabam sofrendo uma profunda miséria e sofrimento na última fase da vida. Verificamos aqui as funções inevitáveis do carma”.

A felicidade relativa também pode ser denominada de “falsa felicidade”, pois ela tem como finalidade a busca cada dia maior de bens materiais, que provêm de uma fonte exterior. Ela torna as pessoas egoístas, pensando apenas em si próprias. É como se a pessoa estivesse esperando alguma força externa para definir a sua condição de felicidade na vida.

O presidente Ikeda observa: “Quando aspiramos somente à felicidade relativa, estamos nos baseando da visão da ‘iluminação inicial’. Essa visão, por si só, é como uma planta sem raízes. É vazia e passageira”.
Jamais devemos permitir que as circunstâncias imediatas nos arrastem pela busca da fama, riqueza e poder, tornando a nossa vida mergulhada na própria fraqueza. Não atingiremos a felicidade eterna porque os nossos desejos foram realizados, ou acumulamos mais riqueza, ou elevamos a nossa posição social. Na vida tudo é transitório e está sujeito a mudanças.

O Budismo de Nitiren Daishonin nos incentiva a conquistar uma vida financeira estável, uma boa casa, sucesso profissional, mas nos conscientiza que não devemos nos apegar aos aspectos materiais, ou tornar esses bens o eixo de nossa vida, pois nada disso erradicará o nosso carma fundamental. Conforme o presidente Ikeda destaca: “O senso de felicidade relativa deve ser conduzido para tornar-se senso de felicidade absoluta”.

O que é felicidade absoluta?

Resposta: necessidade, do passado e tampouco de fatores externos. O principal ingrediente para essa felicidade encontra-se na própria vida. A felicidade absoluta está diretamente relacionada ao grau em que se pode extrair a própria força vital e a esperança no futuro.

A fonte da felicidade está dentro de cada um de nós, no âmago da nossa determinação, jamais permitindo que uma situação adversa domine a nossa jornada, edificando a nossa revolução humana e construindo realmente uma vida magnífica. É um estado de vida em que, independentemente da nossa situação atual, conduzimos nossa vida com grande alegria e imensa satisfação.

Segundo o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, “a felicidade absoluta é aquela que emana de dentro de si mesmo, não se altera com o passar do tempo, continua eternamente e não é influenciada por qualquer circunstância externa da vida. Não é algo temporário como posição social, fama ou fortuna. É uma posição na vida em relação à ‘Lei’ que se alcança com base nessa ‘Lei’. Essa ‘posição da vida’ torna-se eterna juntamente com a ‘Lei’, podendo viver como eternos ‘soberanos da vida’”.
Em busca do nosso caminho para uma felicidade inabalável, em nenhum momento devemos fugir ou evitar os problemas que surgem, ou nos deixar levar pelas circunstâncias que sempre tentam nos impedir, baseando-nos em algo superficial que desmorona facilmente. Devemos superar e transformar quaisquer dificuldades, evidenciando a coragem com base na Lei Mística, conquistando a felicidade genuína.

O presidente Ikeda afirma: “A fé é a ‘máquina’ que nos possibilita perseverar em nossa vida até o fim. O budismo ensina que ‘os desejos mundanos são iluminação’. Por meio da fé, podemos viver de forma a transformar tudo o que é negativo em nossa vida em algo positivo. Podemos transformar todos os nossos problemas em felicidade, o sofrimento em alegria, a ansiedade em esperança e a preocupação em tranqüilidade. Jamais chegaremos em um muro que não poderemos ultrapassar”.

O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, denominou o Gohonzon de “máquina de fabricar felicidade”, por meio da qual com a nossa dedicação sincera à prática da fé podemos conquistar a felicidade absoluta e indestrutível. Devemos perseverar diariamente, acreditando e agindo para ultrapassar todas as condições negativas e obter imensuráveis benefícios provenientes da prática da fé.
Em um discurso do presidente Ikeda consta: “Se os senhores conduzirem a sua prática da fé, poderão atingir essa felicidade absoluta — e esta não durará apenas por esta existência, mas sim por toda a eternidade. Eis por que encorajo todos a se empenharem arduamente nesta vida para acumularem a boa sorte que perdurará para sempre”.

A fé genuína nos concede a vitalidade e nos revigora para a conquista da felicidade verdadeira e duradoura.

Monday, September 13, 2010

Os 4is da Comunicação Digital

Segue texto interessante sobre este novo mundo digital...

Por Felipe Morais*

Não quero e nem pretendo ser nenhum teórico dizendo que “os 4 Ps do marketing acabaram” ou que hoje estamos na era dos 5Ps. Afinal, Kotler não incluiu o P de Público-alvo em sua teoria, não quero nem acreditar que esse artigo irá revolucionar a comunicação no mundo por um conceito que pensei recentemente e que tem me ajudado na construção dos meus processos de planejamento estratégico digital. Mas esse artigo serve para compartilhar uma idéia (pilar básico das redes
sociais) do que para uma tentativa de ser o inovador, o revolucionário.

Nos meus processos de planejamento, tenho como 1º passo construir uma “espinha” dorsal para depois incluir o conteúdo nela, ou seja, monto uma espécie de índice com: Objetivo, mercado, público-alvo, estratégias, táticas, mensuração, plano de ação, régua do planejamento, investimento e análise de ROI - basicamente esses pilares - e depois começo a destrinchar cada um delas.

Fora isso há outros processos que nós planners devemos ter: como pensar a pesquisa; como avaliar o mercado; como traçar uma estratégia; como entender as novas tendências, enfim, o planejamento final passa, também, por uma série de metodologias, processos, análises que são feitas e juntas montam um planejamento.

E não existe um único modelo, cada planner tem a sua maneira de agir, pensar e como executar o que pensou. Alguns planos podem dar mais certo que outros, claro, e dar certo digo trazer mais resultados ao negócio do cliente, mas para que dê certo além de uma boa estratégia é preciso dedicação e mensuração “minuto-a-minuto” (ok, nem tanto ao pé da letra, mas ficar em cima é essencial).

A minha modesta teoria dos “4is” se resume a: Identificar, Idéia, Intenção, Investimento. Essa metodologia pode ser usada em vários momentos. Como disse, cada um tem a sua percepção. Particularmente a uso no início do processo e vou mostrar o porquê.

IDENTIFICAR: Olhar o que está acontecendo e pensar em algo diferente, relevante e inovador.
Sei que nem sempre isso é possível, como também sei que em muitos casos uma simples ação pode resolver o problema do cliente, mas é preciso que nós, planners, estejamos atentos diariamente para identificar oportunidades relevantes as nossas marcas e consumidores que seja impactante. Em muitos casos, uma nota no rodapé de uma revista de credibilidade pode lhe dar um insight altamente interessante.

IDÉIA: O insight veio, mas como transformar isso em algo tangível que possa ser apresentado ao cliente?
Insights nem sempre, aliás quase nunca, são idéias prontas. Precisam ser desenvolvidos com calma, analisando todos os lados, olhando o que essa idéia trará de relevante a comunicação, impactante ao consumidor e que gere negócios para o nosso cliente. Em muitos casos, uma mega idéia fica inviável de ser feita e uma ação de e-mail marketing segmentado é mais simples, ágil e eficaz. É preciso analisar caso a caso para tomar uma decisão estratégica.

INTENÇÃO: O cliente (da agência) tem a intenção de fazer algo baseado na idéia identificada? É hora e momento? O consumidor (do nosso
cliente) está preparado para ser impactado por uma comunicação baseada naquela idéia?
Será que (por exemplo) aplicativo para iPhone é uma moda ou altamente relevante para a marca de forma a gerar mais vendas? Muitas marcas tem em seu DNA a inovação, mas nem todas tem no seu dia-a-dia esse conceito. Lembremos, que as marcas são geridas por pessoas, que decidem se querem ou não arriscar em alguma coisa sempre entendendo que se der certo receberam “parabéns”, se der errado estão “na rua”. O mundo corporativo não é fácil.

Investimento: Identificada a oportunidade. A idéia é uma grande sacada que agradou a todos (agência, cliente, potencias consumidores). A marca tem a intenção de realizar uma ação alinhada com o que a agência propôs.
Mundo ideal. Mas há verba? Vivemos em um mercado onde a TV detém 70% da verba publicitária no Brasil, deixando os outros 30% para brigar com rádio, jornal, revista, outdoor, cinema, guias. A Internet ainda é uma mídia nova, logo, fica com uma “sobra”. Será que a marca tem verba destinada para a web, para aquela ação?

Convencer o cliente a fazer uma ação na web nem sempre é fácil. Por um lado nós agências temos que ser inovadores, entender tendências, movimentos, comportamentos; por outro os gestores de marca tem que avaliar se vale mais a pena fazer aquele hotsite com ações no Twiiter, Orkurt, Facebook, YouTube, Links Patrocinados ou se um banner na home do UOL não vai gerar mais resultados. Em alguns casos, gera. Entender o potencial de intenção e investimento do cliente é evitar uma palavra altamente desmotivante. Frustração que é péssimo para o ambiente de qualquer empresa, ainda mais para uma agência que tem que ser alegre, comunicativa, com troca de informações entre as pessoas.

A idéia não é aqui, nesse artigo, matar os 4Ps do marketing como já vi muita gente tentando. É apenas ter uma metodologia para entender se o nosso trabalho de planejamento vai ser em vão ou não, é uma forma que pode, repito, pode, nos ajudar a não planejar “a toa” para chegar no cliente e ele dizer: “Muito legal, mas não tenho verba ou esse não é o momento em que a empresa vive”.

Continuemos a ser pró-ativos como agências, claro, mas vamos tentar acertar mais sendo pró-ativos entendendo o momento dos nossos clientes e o quão aberto eles estão para boas idéias. O Brasil é um dos países mais criativos do mundo e na propaganda não poderia deixar de ser uma das potenciais mundiais, temos que aproveitar e valorizar essa nosso lado! Acho que a teoria dos “4is” pode ajudar, como também, você pode ter a sua própria metodologia e ser até mais precisa que essa. Vai da percepção de cada um.

* Felipe Morais é especialista e autor do livro PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL (ED. Brasport). Blog:
plannerfelipemorais.blogspot.com