Wednesday, April 28, 2010

A prática budista nos possibilita edificar uma felicidade eterna

Palavras da coordenadora da DF da BSGI, Jeni Ikeda, proferidas durante o evento comemorativo dos 750 anos do Budismo de Nitiren Daishonin.


Jeni Ikeda

Queridos amigos da BSGI, sentindo grande alegria e felicidade em meu coração, manifesto meus sinceros parabéns a cada um dos senhores pela grande boa sorte de comemorarmos de forma brilhante esta tão significativa data neste majestoso Auditório Presidente Ikeda. Parabéns a todos os senhores!

Há 757 anos, no dia 28 de abril de 1253, Nitiren Daishonin recitou pela primeira vez o Nam-myoho-rengue-kyo, marcando o estabelecimento do Verdadeiro Budismo. A voz forte, determinada e repleta de benevolência de Nitiren Daishonin propagou-se como uma poderosa onda para o mundo inteiro e para todo o Universo, possibilitando a todos nós estabelecermos uma condição de vida de absoluta felicidade. Como somos felizes, companheiros, e afortunados de podermos recitar diariamente o Nam-myoho-rengue-kyo, a Lei da vida, a própria essência de nossa vida!

A recitação do Daimoku nos permite sermos vitoriosos em nosso dia-a-dia, possibilitando-nos viver cada dia com otimismo, esperança e sabedoria. Nosso querido mestre, o presidente Ikeda, diz que “a alegria, a coragem, a disciplina, a disposição de crescer, a sabedoria, a saúde, enfim, tudo é obtido com a energia vital. E a fonte que produz ilimitadamente essa energia é a recitação do Daimoku. Por isso, uma pessoa que vive com base no Daimoku não encontrará impasses na vida. Haja o que houver”, o Mestre diz, “recitem diariamente o Nam-myoho-rengue-kyo. O Daimoku é a força básica do Universo”.

Temos a grande boa sorte de fazermos parte dessa grandiosa Família Soka, de termos um grandioso mestre chamado Daisaku Ikeda que nos direciona diariamente pelo caminho da felicidade. É maravilhoso avançar e viver intensamente junto com a Família Soka, com nossos companheiros de fé!

O grande movimento da Soka Gakkai é o de despertar cada indivíduo para a revolução humana. Revolução humana nada mais é que vencer a si mesmo. Não importa que circunstâncias adversas de vida estejam vivendo hoje, o budismo ensina que o importante é estabelecermos dentro de nós a firme e inabalável convicção de que seremos vitoriosos infalivelmente. Adquirimos essa convicção quando praticamos a Lei Mística com toda a sinceridade.

O importante é o momento presente. É o que farei a partir de agora. Qual a causa positiva que estou fazendo hoje para triunfar verdadeiramente sobre todas essas circunstâncias adversas? Vamos criar a coragem e a percepção de que são exatamente esses obstáculos que nos conduzirão rumo à plena felicidade. Vamos sempre avançar, companheiros, com nossos olhos voltados para o futuro, pois nosso Mestre diz que “uma pessoa que recita constantemente o Daimoku estará sempre protegida por ele e pelas divindades budistas tanto nesta existência como nas futuras. Por isso, não há nada a temer! Desfrute plenamente cada momento com satisfação e tranqüilidade. O Daimoku transforma a amargura em alegria. E a alegria em grande júbilo. Portanto, nos momentos de alegria ou de tristeza, nas horas boas ou más, haja o que houver, aconteça o que acontecer, recite sempre Daimoku. Esse é o caminho direto para a felicidade. Quando estivermos agindo com essa disposição os benefícios surgirão em nossa vida. O budismo é ação. O benefício é determinado pelas ações positivas e pela fé. Não podemos ficar parados. Devemos avançar sempre com alegria, determinação, com convicção de revolucionarmos nossa vida plenamente. Nossa nobre missão de lutarmos juntos em prol do Kossen-rufu é o que nos permite criar a verdadeira causa para atingirmos a nossa iluminação”.

Então, mais do que nunca, é nossa missão conduzir os outros para a felicidade, pois o budismo é praticado na sociedade. Vamos criar uma grande onda de otimismo, coragem, esperança e felicidade no coração das pessoas ao nosso redor.

A força do coração de uma pessoa é grande. E a fé torna as pessoas fortes. Nitiren Daishonin estabeleceu seu ensino para iluminar o mundo inteiro com a grande filosofia da esperança.

Não vamos desperdiçar esta nossa preciosa existência. Como verdadeiros praticantes do Budismo de Nitiren Daishonin possuidores de firme fé, vamos nos empenhar cada vez mais na nobre missão de enviar esperança para cada pessoa e transformar nossa comunidade, nossa sociedade em terras de tesouro cheias de harmonia e paz.

Dessa forma, adornaremos nossa vida com vitórias, pois o presidente Ikeda afirma que “a prática budista nos capacita brilharmos de forma única e edificarmos uma felicidade eterna. Pode parecer difícil lutar contra as adversidades e dificuldades. Mas esse é o caminho para nos tornarmos seres humanos nobres”.

De coração a coração, desejo a todos os senhores muita boa sorte e muitas felicidades.

Um forte abraço a todos e, mais uma vez, parabéns!

Fonte: BS 03 DE MAIO DE 2003 — EDIÇÃO Nº 1698

Monday, April 19, 2010

O drama jubiloso da “transformação do veneno em remédio”

artigo do presidente da SGI

17 DE ABRIL DE 2010 — EDIÇÃO Nº 2031

Publicado na edição de abril da revista japonesa de estudo do budismo Daibyakurengue

Com a Lei budista

que nos capacita infinitamente

a transformar o veneno em remédio,

vamos triunfar infalivelmente;

contando também com a

proteção das divindades celestiais.

Certa vez, a futurista e ativista social americana Dra. Hazel Henderson, sorrindo, observou: “Quando alguém me diz: ‘Isso é impossível’, fico ainda mais determinada a realizá-lo”.

As ações que têm como base um nobre senso de propósito ou missão são frequentemente acompanhadas por grandes dificuldades. No entanto, quanto mais desafiadora a situação, mais coragem e esforço devemos extrair de nossa vida. A Dra. Henderson compartilha essa atitude positiva e iluminadora com as mulheres da SGI.

Será que nos deixamos vencer pelas dificuldades ou as enfrentamos e as derrotamos? Este é o grande esforço que devemos empreender tanto individualmente quanto na sociedade.

Determinar não somente vencer todos os obstáculos que surgem diante de nós, mas também elevar ainda mais nossa condição de vida como resultado de termos transformado as adversidades de maneira positiva — esse é o drama jubiloso que todos nós, sem exceção, podemos vivenciar por meio da “transformação do veneno em remédio” com base na fé na Lei Mística.

Mencionando o Tratado sobre a Grande Perfeição da Sabedoria, de Nagarjuna, e o Profundo Significado do Sutra de Lótus, do Grande Mestre Tienta’i, Nitiren declarou, em benefício de todas as pessoas dos Últimos Dias da Lei: “O que significa transformar o veneno em remédio? Significa transformar os três caminhos [dos desejos mundanos, do carma negativo e do sofrimento] nas três virtudes: do corpo do Dharma, da sabedoria e da emancipação” (WND-2, 743). Em outras palavras, o poder supremo do Nam-myoho-rengue-kyo nos capacita a transformar qualquer impulso ilusório, carma negativo e sofrimento em estado de Buda, sabedoria e benefício. Não há carma negativo que não possamos mudar. Essa é uma extraordinária fonte de esperança. Assim, não há razão para lamentarmos nem nos desesperarmos.

A boa sorte brilha para quem possui determinação e jamais é derrotado.

Os dois irmãos Ikegami sofreram por seu pai ter deserdado o mais velho por causa da fé que os dois mantinham no Sutra de Lótus. Shijo Kingo teve suas terras confiscadas por seu senhor feudal. Essas perseguições haviam sido provocadas por calúnias cruéis e tramas dos sacerdotes das outras escolas budistas, os quais ameaçavam a sobrevivência desses seguidores na sociedade feudal da época.

No entanto, Nitiren orientou os irmãos Ikegami: “Vocês devem superar essa adversidade e comprovarem os benefícios do Sutra de Lótus” (WND-1, 498). Encorajou também Shijo Kingo: “Um grande desastre infalivelmente se transformará em uma grande boa sorte”. (WND-1, 824.)

Transcendendo totalmente a questão se a deserdação seria anulada ou as terras devolvidas, Daishonin revelou o caminho que conduziria diretamente da pior situação possível para a maior de todas as vitórias.

Os irmãos Ikegami seguiram fielmente a orientação de Daishonin. No final, os dois conseguiram não apenas reverter a oposição implacável do pai, mas também convertê-lo ao Budismo Nitiren. Os dois conseguiram criar uma harmonia familiar que conduziria a uma “prosperidade de mil ou dez mil anos.” (cf. WND-1, 639.)

Shijo Kingo também demonstrou uma comprovação real e irrefutável do poder da fé. Ele transformou a crueldade de seu senhor feudal em compreensão e apoio e também passou a ser exaltado em Kamakura. As pessoas diziam: “Ninguém se compara a Nakatsukasa Saemon-no-jo [Shijo Kingo]” e “ah, aquele é um ótimo sujeito!” (WND-2, 730).

Nas regiões do norte do Japão, onde o inverno é longo e rigoroso, quando surge a primavera, é como se de repente ocorresse uma “explosão” de mudanças. Da mesma maneira, os discípulos que perseveram durante os invernos mais rigorosos da vida com uma fé corajosa e em sintonia com o coração de seu mestre desfrutarão uma brilhante primavera de vitórias inimagináveis. Este é o significado essencial da “transformação do veneno em remédio”.

O Sr. Toda certa vez incentivou um membro que sofria com vários problemas: “Alegre-se quando encontrar obstáculos. Esse é o momento de comprovar o poder da fé e a oportunidade para transformar seu carma. O budismo ensina a lei infalível da ‘transformação do veneno em remédio’. O senhor poderá recuperar algo que perdeu em dez vezes ou cem vezes mais na forma de grandes benefícios.”

A felicidade floresce eternamente

quando permanecemos imbatíveis

diante das adversidades

e avançamos alegremente

rumo à vitória.

Lembro-me de uma senhora da Divisão Feminina que participou de todas as explanações dos escritos de Nitiren Daishonin (Gosho) que fiz no bairro de Kawagoe, província de Saitama, na primavera de 1952. No final dessa série de explanações, entreguei a ela e a cada participante um certificado de conclusão. Essa senhora guardou o certificado como um tesouro familiar e decidiu compartilhar a grandiosidade da Lei Mística com o máximo de pessoas. Apesar de não ter dinheiro sobrando, todo mês ela se esforçava para reservar uma parte para as passagens de ônibus e de trem e viajava para todos os cantos de sua amada província natal de Saitama para colocar em prática sua decisão.

Hoje, ela está com 90 anos e, após ter se recuperado completamente de um sério problema cardíaco anos atrás, agora desfruta uma vida longa, saudável e adornada com infinitos benefícios. Fiquei imensamente feliz ao ver um de seus netos, o qual estudou na Universidade Soka, proferir um breve discurso em chinês fluente num evento estudantil alguns anos atrás.

O Sr. Toda declarou: “A Soka Gakkai é a aliada das pessoas, a aliada daqueles que sofrem. Não existe missão mais nobre que essa. Vamos fazer nosso movimento avançar ao mesmo tempo em que conquistamos e demonstramos o benefício da ‘transformação do veneno em remédio’ em nossa vida”.

O destino doloroso da humanidade, que foi contaminada e intimidada pelos venenos espalhados no mundo, tem sido o de sofrer num ciclo interminável de conturbações e infortúnios. Nosso movimento da SGI assumiu o compromisso de propagar os princípios humanistas do Budismo Nitiren pela paz e prosperidade da humanidade. Assim, está engajada num esforço sério e sincero para transformar corajosamente esse veneno em remédio e todas as coisas em valores positivos pela felicidade humana, a proteção da dignidade da vida e a paz mundial. A primavera chegou! Vamos impulsionar uma brisa fragrante de corajosos diálogos!

Vivas jubilosos pela inegável

vitória Soka ressoarão por todas

as dez direções e por toda eternidade.

Sunday, April 18, 2010

Nove Consciências – 1º Parte

Nove Consciências – 1º Parte

AGOSTO DE 2003 — EDIÇÃO Nº 420

Convidados: Jose Luiz Pietro do Nascimento, vice-coordenador da DS da BSGI; Maria José de Melo Oliveira, coordenadora Geral da DF da BSGI, Yumi Cintia Uno, vice-coordenadora da DFJ da BSGI.

Terceira Civilização - A teoria das nove consciências é um tema complexo, mas muito interessante, desenvolvido pelo Grande Mestre Tient'ai da China que permite compreender vários aspectos da vida como a questão do carma e dos sofrimentos.

José Luiz Prieto do Nascimento - Sem dúvida, é um tema interessante e muito oportuno a ser levantado após o estudo sobre os três mil mundos num único momento da vida ou itinen sanzen (edições de maio, junho e julho). Acredito que, para compreendermos um princípio ou uma teoria budista, a melhor maneira seja procurarmos primeiro percebê-lo em nossa vida diária. Das nove consciências, as cinco primeiras são fáceis de entender, pois estão associadas às nossas percepções sensitivas: a visão, o tato, o paladar, a audição e o olfato. São os meios pelos quais recebemos as informações do nosso mundo exterior. A sexta refere-se à nossa mente, que integra os cinco sentidos e realiza julgamentos relativamente simples com base em noções gerais. Ela procura encontrar a ordem e as leis valendo-se de experiências passadas e circunstâncias externas para fazer um julgamento. Nossas ações diárias são frutos do funcionamento integrado dessas seis consciências. Associando-as à teoria dos dez mundos ou dez estados de vida, elas corresponderiam aos seis primeiros mundos ou seis caminhos: Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranqüilidade e Alegria.

Maria José de Melo Oliveira - Para melhor compreensão, poderíamos citar como exemplos as ações de abrir a torneira ou apagar a luz. Essas ações remontam a um conhecimento que adquirimos em algum momento, talvez na infância, em que ficou registrado que, se girarmos a torneira, sairá água, ou que a luz acenderá se apertarmos o interruptor. Sabemos distinguir cores, aromas, formas, sons e sabores porque tivemos experiências. Todas essas informações ficam armazenadas e, sempre que necessário, são processadas em nossa mente para que formulemos nossas ações. Em resumo, as seis primeiras consciências são como funções que se manifestam a todo instante em resposta às nossas atividades e necessidades humanas.

Yumi Cintia Uno - A mente é um assunto vasto e fascinante. Mesmo hoje, apesar de todo desenvolvimento tecnológico e científico, o funcionamento da mente humana é ainda um dos mistérios mais intrigantes e complexos a serem desvendados pela Ciência. E o budismo, muito antes do surgimento dos computadores, psicanalistas e psicólogos, já abordava esse assunto, elaborando uma teoria profunda para explicar várias questões relacionadas à vida e à felicidade das pessoas. Isso é realmente admirável.

Maria José - É verdade. Quanto mais estudamos o budismo, mais reconhecemos a sua profundidade, e conforme compreendemos os princípios budistas e a relação que existem entre eles, passamos a enxergar nossa vida de uma perspectiva mais elevada e a entender as diversas circunstâncias de nosso dia-a-dia. A teoria das nove consciências é importante por explicar a origem de nossos sofrimentos, o que nos leva a agir de uma determinada maneira ou ter uma determinada reação diante dos acontecimentos do cotidiano, a influência das tendências cármicas na nossa vida, ou seja, tem tudo a ver com aquilo que somos.

Yumi - Por meio dessa teoria, compreendemos melhor como o Nam-myoho-rengue-kyo age em nossa vida e como ele possibilita todas as pessoas a tornarem-se felizes, transformando tendências de vida negativas em positivas e realizando a revolução humana.

Prieto - Ao iniciar a prática budista, geralmente os pontos que mais interessam às pessoas referem-se à morte, a Deus e ao carma. Principalmente as pessoas que abraçaram outras crenças ocidentais têm certa resistência em aceitar que todos os sofrimentos da vida presente decorrem de causas feitas por ela mesma nesta e em existências passadas. Primeiro, porque, para muitos, a idéia de vida eterna é novidade, segundo, porque acostumaram a acreditar que sua vida era completamente guiada e determinada por fatores externos, como desígnios de um ser superior. Então assumir a responsabilidade de todos os seus problemas é muitas vezes revoltante, por achar injusto ter de sofrer devido a algo que um "outro" fez no passado e de não se recordar de ter feito algo que mereça tal "castigo". Mesmo possuindo muitos anos de prática budista, ainda podemos nos flagrar lamentando essa "vida injusta", das circunstâncias desalentadoras. Isso aconteceu até comigo. Minha família converteu-se ao budismo devido à doença e esse problema vira e mexe se evidencia em nossa vida. Eu tive sérios problemas de saúde que me levaram à beira da morte por algumas vezes. Houve momentos em que pessoas da família, mesmo sendo veteranas, desabafaram: "Puxa, nós não merecemos tudo isso que estamos passando. Ninguém merece passar por tanto sofrimento." Nessas ocasiões, tivemos de nos valer das orientações e dos incentivos de nosso mestre e dos companheiros, e também buscar respaldo em tudo o que havíamos aprendido até então com o estudo do budismo. Tive serenidade para dizer: "Se estamos passando por esse tipo de problema é porque existe uma causa para isso em nossa vida. Enquanto não cortarmos a raiz do problema, ele sempre se manifestará." Com isso, todos pudemos renovar a decisão e conseguimos ultrapassar as mais difíceis situações. O gostoso do budismo é que, por meio da consciência e da seriedade perante à vida, não nos permitimos ficar passivos mesmo diante dos piores obstáculos. Pelo contrário, sentimos vontade de nos empenhar ainda mais para vencer tudo, porque sabemos que somos capazes.

Yumi - A oitava consciência, alaya (em sânscrito), é o repositório do carma de todas as nossas existências, é onde ficam guardados todos os registros de nossas causas. Por essa razão, não adianta xingar nem espernear (risos). É claro que não nos recordamos de nada, mas tudo o que fizemos, falamos e pensamos, todas as causas feitas em nossa existência infinita em todos os seus ciclos de nascimento e morte estão marcadinhos ali. Nesse domínio, que se encontra nas profundezas insondáveis da nossa vida, milhões de registros tanto bons como maus estão guardados e não podem ser transformados simplesmente por força do pensamento, por mais intenso que seja. Essa consciência corresponde ao estado de vida de Bodhisattva, que está constantemente em luta contra o mal interno por meio da prática pelo bem das outras pessoas. Somente quando rompemos as barreiras do egoísmo e dedicamos a vida aos outros é que podemos afetar verdadeiramente essa consciência alaya. Além disso, para transformarmos as causas negativas do passado, que justamente são as raízes de nosso sofrimento, necessitamos recitar o Nam-myoho-rengue-kyo com toda sinceridade.

Maria José - O budismo é realmente maravilhoso, pois nos torna fortes diante das circunstâncias negativas e da impermanência da vida. Permite que cada um descubra seu verdadeiro potencial inerente e coloca todas as pessoas em condição de igualdade, independentemente de raça, cor, origem, gênero, nível social ou cultural e das circunstâncias, pois todas as pessoas, sem exceção, têm o direito de serem felizes. Ele não só explica de modo convincente o porquê de nossos sofrimentos como também ensina como podemos torná-los algo positivo para nossa vida, para que possamos ser mais felizes, e desenvolver nossa capacidade como seres humanos. Mas o melhor de tudo é que conseguimos comprovar sua veracidade por meio da nossa própria experiência, aplicando as teorias na prática. É realmente uma filosofia completa.

Yumi - Falando em igualdade, é na nona consciência, chamada amala (em sânscrito), que todas as pessoas se igualam. Nessa consciência, encontramos o estado imaculado de nossa vida, o estado de Buda, que todos possuem.

Prieto - A nona consciência é a que possibilita todos tornarem-se felizes, independentemente das diferenças que possam existir em todas as demais consciências. É o estado de Buda que almejamos alcançar por meio de nossa prática, da recitação do Daimoku ao Gohonzon. Somente a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo possibilita nos desvencilharmos de todas as complexas malhas do carma e penetrar na nona consciência para encontrar o caminho do estado de Buda, com o qual podemos manifestar nosso ilimitado potencial inerente à vida. Assim, atingimos a infinita sabedoria do Buda e conseguimos canalizar todas as funções das outras oito consciências para nossa iluminação e em benefício de todas as pessoas e do ambiente a nossa volta, conforme vimos no princípio de itinen sanzen. Se não existisse a nona consciência, não teríamos como ser felizes, pois seria impossível combater os efeitos das causas negativas do passado acumulados na consciência alaya. Por estarmos vivos, a todo momento estamos fazendo novas causas, por essa razão, a nossa prática e as atividades em prol do Kossen-rufu, pela felicidade das pessoas, são oportunidades que temos para amenizar e até mesmo transformar nossa tendência de vida para sermos verdadeiramente felizes nesta existência.

Yumi - Não só a oitava consciência, na qual estão todos os nossos registros de ações, mas a sétima, a mano (em sânscrito), tem grande influência em nossa vida. A consciência mano (também conhecida como manas) comanda nossas sensações e nossos preconceitos. É uma função do pensamento que opera por nossa própria iniciativa, independentemente das condições externas e está profundamente ligada ao nosso ego. A consciência mano corresponde aos estados de Erudição e Absorção pela sua propensão ao egoísmo, à arrogância e ao auto-apego. Essa consciência pode ser comparada ao que Freud definiu como inconsciente individual. Nessa consciência é que manifestamos por exemplo a maneira como concebemos um determinado fato ou como nos portamos diante de uma situação. Ela é conhecida também como a consciência do "apego" e do "amor-próprio". Associada à tendência cármica que se encontra na oitava consciência, é a consciência mano que nos leva a reagir de determinado modo e que produzirá novas causas em nossa vida. É um pouco complicado, mas é algo que podemos perceber se prestarmos atenção ao nosso redor. Por que para um determinado acontecimento as pessoas agem de maneiras distintas? É porque cada indivíduo tem uma maneira diferente de conceber aquele acontecimento em sua mente, cada um sente de maneira diferente e a reação é expressa de acordo com essa sensação.

Maria José - Podemos citar um exemplo que acredito que já tenha acontecido com a maioria: sentir uma antipatia imediata ou uma grande simpatia por alguém que acabamos de conhecer. Por que isso acontece se nem sabemos como essa pessoa é? Essa é uma reação baseada em algo que está gravado nas profundezas da mente que remonta a algum outro momento da vida. Alguma informação previamente registrada em nossa vida, um preconceito, que nos informa que alguém com aquela característica ou nos fez sentir muito bem ou muito mal no passado e é isso que nos vem à tona. Essa sensação determina a maneira como iremos nos relacionar com essa pessoa.

Tuesday, April 13, 2010

Filosofia do budismo encanta no 5o CLAB

O juramento Seigan


O ponto alto das explanações foi o aprofundamento do conceito de Seigan (juramento). O escrito “Abertura dos Olhos” foi estudado em dois momentos. Saito deixou claro a convicção inabalável e o comportamento destemido de Nitiren mesmo diante das perseguições e explicou que a postura de um membro da SGI deve ser a mesma do Buda.

”Nitiren tinha um desejo tão forte de tornar as pessoas iluminadas e felizes igual a ele que seu grande juramento era jamais trair nem sucumbir mesmo que sua vida fosse colocada em risco. Seu único desejo era dedicar a vida inteira ao propósito do Kossen-rufu”, afimou Saito.

Ele ainda comentou que a decisão do Buda era tão férrea que sopraria como pó ao vento todas as dificuldades. E citou o próprio Nitiren: “Sejam quais forem os obstáculos que eu encontrar, [...] jamais desistirei! Todos os outros sofrimentos nada mais são para mim que pó diante do vento. [...] Esse é meu juramento e jamais recuarei.” (Os Escritos de Nitiren, vol. 4.)

O coordenador do DEB ainda explicou que “Seigan significa uma força primordial capaz de gerar a energia para que conquistemos a vitória final na vida. É um princípio prático para manifestarmos constantemente o Estado de Buda.” E citou o presidente Ikeda: “Sem um forte compromisso de manter e propagar o correto ensino, por toda a vida, não podemos resistir à correnteza violenta desta era impura, nem vencer as tendências destrutivas e maléficas que se encontram na vida humana. [...] Esquecer esse compromisso significa a derrota definitiva para um budista.” (Explanação de Abertura dos Olhos, págs. 231 a 232.)

“Nitiren levantou-se só em prol da propagação da Lei. Não somente Nitiren mas todos nós que propagamos o budismo, devemos nos levantar com o grande desejo de realizar o Kossen-rufu (Daigan) como o nosso próprio juramento (Seigan), e persistir nesse juramento sem se afastar da prática da fé pois assim seremos, sem exceção, devotos do Sutra de Lótus. Se fizer isso, obteremos sem falta os dois principais benefícios da prática (amenizar o efeito cármico e atingir a iluminação mesmo que não tenha desejado).”

Escuridão fundamental
”A ilusão ou escuridão fundamental é algo inato e é uma força capaz de provocar grande sofrimento e infelicidade. Essa ignorância pode ser rompida pela essência da sabedoria do Buda que é o próprio Gohonzon. A fé no Gohonzon é a força motriz para romper a escuridão fundamental.“

“Mesmo que tenhamos muitas dificuldades, se persistir na prática com o mesmo desejo de Nitiren, atingiremos naturalmente o Estado de Buda.”

“A dúvida, a lamentação e o pessimismo são formas de manifestação da escuridão fundamental que nos impede de atingir a iluminação. O que combate isso é o poder da crença, da fé com a mesma postura que Nitiren.

“A escuridão fundamental surge nos momentos decisivos. Na hora de lutar, essa ilusão aparece e se apossa do nosso coração e invade nossa vida.

“Para combater a insistente escuridão fundamental e resolver todas as situações (mesmo as que parecem ser um ‘beco sem saída’) é necessária a prática da fé da unicidade de mestre e discípulo. Por isso, Nitiren ensinou o juramento (Seigan). Nitiren deixou o Gohonzon para que jamais sejamos derrotados pela escuridão fundamental.

“Escuridão fundamental é quando a pessoa sabe que precisa mudar alguma coisa negativa que faz, mas não consegue mudar. Isso é escuridão fundamental. Ela sabe, mas não o faz. Quando há a compreensão e existe a mudança de fato, pronto, a escuridão é superada. Por exemplo, uma pessoa que fuma. Ela sabe que tem de parar mas não consegue porque é vencida pela fraqueza. Essa fraqueza é a própria escuridão fundamental agindo.

“O sofrimento da pessoa de não conseguir mudar os próprios aspectos negativos também é a escuridão fundamental.”

Chakubuku


“A maneira de mudar nossa tendência cármica e não viver influenciado pela escuridão fundamental é proteger a Lei. E a luta de proteger a Lei é, na nossa época, o ato de realizar o Chakubuku.”

Monday, April 12, 2010

Ação da Ariel no Twitter do Pão de Açúcar




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Sunday, April 11, 2010

Marcas Recomendadas e Ariel Liquido

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