Tuesday, September 08, 2015

Curso On Line Gratuito: Como gastar conscientemente: Consumo e Felicidade

Todos os dias aprendemos alguma coisa e ao longo da vida contribuímos com pequenas adições de conhecimento para o processo ininterrupto de amadurecimento que faz parte da vida de qualquer ser humano.

Hoje através do curso abaixo pude aprender sobre a relação consumo e felicidade:


Como Gastar Conscientemente
O curso busca orientar as pessoas para que possam consumir de maneira consciente dentro de seu orçamento e atendendo aos seus objetivos.
Ao final do curso, você deverá saber responder:
  • - Qual é o objetivo de administrar meu dinheiro?
  • - Eu preciso ou eu quero isto?
  • - Comprar à vista ou a crédito?
  • - O consumo me faz mais feliz?

Destaque para um trecho do artido de Luigino Bruni em "Sobre o consumo e a felicidade":

(...) Tanto o consumismo quanto os movimentos anticonsumistas estão presentes hoje nos processos globalizados. Uma incursão pela história econômica visa mostrar que, inicialmente, o assunto recebia da economia clássica a atenção relativa aos fatores sociais e psicológicos que influenciaram suas dinâmicas. Atualmente, o filão que pode determinar uma abordagem mais real do problema do consumismo é a relação consumo-felicidade. Tal abordagem mostra que a equação riqueza = felicidade não é correta, não se verifica na mesma proporção, e que, muito freqüentemente, possuir mais riquezas torna as pessoas mais infelizes. (...)

(...) Estou entre os muitos que se mostram insatisfeitos com um dos dogmas que ecoam diariamente nos meios de comunicação: é preciso consumir mais, do contrário as economias nacionais não crescem e entram em depressão. “Consumir mais”: de um lado (demanda) aumenta a satisfação/bem-estar/felicidade das pessoas; do outro (oferta) cria-se trabalho para as famílias (que depois, fechando o círculo, utilizarão a renda produzida para consumir mais). 

Por tudo o que eu disse nestas páginas, creio que contamos com os elementos para “problematizar” alguns lugares comuns sobre o consumo. De fato, procurei mostrar que nem sempre é verdade — e o é cada vez menos — que consumir mais bens aumenta a felicidade que buscamos. Além disso, “consumir mais” não significa necessariamente consumir mais “mercadorias”. Devemos alargar a categoria de “bem econômico” para incluir aí relações, encontros pessoais. Podemos “consumir mais” consumindo “melhor”, consumindo diversamente (pensemos no desafio do consumo “crítico”), dedicando mais tempo aos outros, não para vender e comprar também a amizade ou um sorriso, mas pelo menos para reconhecê-los como bens e não destruí-los; e talvez para criar as condições, culturais e institucionais, necessárias à reprodução de bens que estão se tornando cada vez mais escassos.

Transformar o consumo posicional em consumo relacional, ou seja, orientar para a felicidade privada e pública essa necessidade de aprovação do outro, realidade essa tão profundamente arraigada na pessoa humana, que existe para se viver em comunhão. Os bens são símbolos. Nós, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, não consumimos porque nos interessam os bens em si, mas porque eles nos remetem a alguma outra coisa. Sob a sua embalagem normalmente se escondem pessoas, relações humanas. (...)


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