Sunday, February 15, 2009

Level RKL + Niver Felipe + Peter Murph + Niver Giovana

9h00 - RKL Idiomas

13h00 - Churrasco no Sítio da Família Serrano

22h00 - Show do Peter Murph



15/02/2009 - 02h21

Com casa vazia, Peter Murphy reduz show em São Paulo e se despede antes do fim
MARIANA TRAMONTINA
Da Redação


Faltaram músicas na apresentação. Faltou público para assistir. E, sobretudo, faltou coragem de prosseguir com um show para casa vazia, na noite deste sábado (14), em São Paulo. Peter Murphy, que trouxe ao Brasil sua "Retrospective Tour'09", deixou fãs admirados, mas não se convenceu e reduziu seu repertório montado para a turnê na América do Sul.

Os fãs do cantor, que se aglomeraram próximo ao palco do Via Funchal, podem não ter reparado, mas nem metade da casa (que tem capacidade para 6.000 pessoas) estava preenchida. Com espaço de sobra para dançar e pular, o público preferiu se acotovelar mais perto da atração e tentar a sorte de levar para casa o anel que ele tradicionalmente entrega a uma pessoa da platéia em certo momento do show.

Recém-chegado de Porto Alegre, onde se apresentou por duas horas e meia na última sexta-feira (13), o ex-líder do Bauhaus mostrou aos fãs de São Paulo menos do que viram os gaúchos. Começou o show (às 22h11) com "Burning From The Inside", deu sequência com "The Line Between the Devil's Teeth", "Disappearing" e "Gliding Like a Whale", até chegar ao cover de "Hurt", do Nine Inch Nails. Até aí, roteiro seguido à risca.

Sem se importar com o pré-estabelecido da turnê, Peter Murphy abandonou o setlist e cantou como quis, quando teve vontade. Fez vibrar o escasso público com músicas de sua carreira solo ("Cuts You Up"), do Bauhaus ("She's In Parties") e com covers de Joy Division ("Transmission") e Iggy Pop ("Lust For Life").

O grande clássico da noite, "Bela Lugosi's Dead", do Bauhaus, veio emendada a "A Strange King of Love", mas ficaram de fora do repertório músicas como "Idle Flow" e "All Night Long", pedidas pelo público de preto.

Considerado o padrinho do gótico do final dos anos 70, Peter Murphy traz em sua bagagem a atmosfera do Romantismo da Europa, da literatura de Lord Byron e da visão niilista da vida. Performático, abusa dos olhares, gestos e entonações vocais para reforçar sua encenação no palco. Mais do que apenas executar ao vivo suas músicas, seu show também é teatral.

Peter também se divertiu. Improvisou uma cantoria de "Mamma Mia", usou plumas em volto do pescoço, se contorceu, rodopiou e jogou pétalas de rosa para os fãs. Desfilou pelo palco durante quase todo o show e cantou "Hurt" em cima de uma escada, numa cena intensa e dramática, digna de um espetáculo neo-expressionista.

Aos 51 anos, o cantor ainda tem fôlego (e voz) para segurar um show de mais de duas horas de duração, mas não quis fazê-lo em São Paulo. Depois de sair e voltar para o bis duas vezes, deixou o palco acenando adeus para os fãs às 23h58. O público esperava mais. Sua banda também, que estava a postos com seus instrumentos para a próxima música. Mas essa também faltou.



00h00 - NIver da Giovana no Na Mata Café

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