Wednesday, January 21, 2009

PA Club + BP

TERÇA-FEIRA

sem mais delongas do meu dia. vou colocar aqui uma orientação MARAVILHOSA que lemos no BS de ontem na reunião de bloco.

vale a pena ler



Revolução ou evolução?
17 DE JANEIRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 1971


Koitiro Shoji, Responsável da RM Sorocaba, CMSP

Existe uma substancial diferença entre revolução e evolução. A evolução (do latim evolutione) provém de uma ordem natural de mudança, ou mais precisamente, “transformação lenta, em leves mudanças sucessivas”, “desenvolvimento, crescimento sucessivo de órgão vegetais”, de acordo com o dicionário Michaelis.

Uma grande diferença de “revolução” (do latim revolutione) — “ato de revolver o que estava sereno”, “mudança completa, reforma, transformação”, ou mais ainda, “modificação em qualquer ramo de pensamento humano, abandonando idéias, sistemas e métodos tradicionais para adotar novas técnicas”.

Nascer, crescer, ir à escola, trabalhar, casar, são sinônimos de evolução e são acessíveis a todas as pessoas. Torna-se uma coisa “natural”. Assim como uma semente germina, cresce, dá flores e depois frutos. Agora, crescer de forma digna, esforçar-se e ser o melhor aluno, ser um adolescente exemplar, ter um trabalho baseado na “teoria de valor” (Valor do belo, do benefício e do bem) de Tsunessaburo Makiguti, ser um marido (ou esposa) e pai (ou mãe) exemplar independentemente da tendência básica de vida: isto é “revolução”.

Quando iniciamos a prática do Budismo de Nitiren Daishonin, todos os nossos pensamentos e conceitos vigentes até então se renovam. Novos ensinamentos nos enchem de esperança e coragem. Antigos hábitos são abandonados, criando-se assim uma nova vida com novas perspectivas. O efeito de toda esta mudança aliada à prática da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo e mais o convívio com as orientações do Mestre nos possibilitam uma brusca mudança em nossa vida. Benefícios incalculáveis são a tônica de nossa “nova” vida nesta fase. Comprovamos os benefícios da prática budista. Iniciamos assim um grandioso processo de revolução humana.

Porém, para muitos praticantes, esse processo sofre uma estagnação com o decorrer do tempo. A vida começa a carecer de benefícios. Começam a surgir dúvidas até o ponto de abandonarem a prática budista. Se fizermos uma profunda análise interior, vemos que nossa vida carece de disciplina. Se prestarmos atenção nas nossas atitudes, enxergaremos que o lado negativo de nossa tendência básica de vida se apossou de nosso cotidiano e perdemos totalmente nosso senso de “disciplina”. Sobre “disciplina”, o presidente Ikeda orienta: “Uma vida sem disciplina é uma vida de autoindulgência ociosa. Uma vida sem uma vontade disciplinada, no final, provará ser uma vida de fracasso”. (Brasil Seikyo, edição no 1.325, 24 de junho de 1995, pág. 3.) Mais recentemente, no romance Nova Revolução Humana, capítulo “Esperança”, o presidente Ikeda, repudiando o sentido antiquado e opressivo do termo “disciplina”, define de forma simples e prática: “Existe um ritmo que gera dinamismo, harmonia e prazer na vida diária. Captar este ritmo em seu próprio corpo se chama disciplina”. (Ibidem, edição no 1.961, 25 de outubro de 2008, pág. A11.) Em outro trecho desse mesmo capítulo, consta: “...a disciplina não é algo que pode ser entendido por meio da razão e da lógica, mas um método prático de educar a vida por meio de ações do próprio corpo. (...) a disciplina é necessária em todos os aspectos da vida”. (Ibidem.)

A mente disciplinada gera pensamentos disciplinados que, por sua vez, tem como efeito ações disciplinadas. Pensar sempre no efeito antes de qualquer atitude, desde a mais simples como colocar o copo no centro da mesa para que alguém não esbarre e cause um acidente, guardar a chave do carro em um local adequado para que eu não tenha necessidade de ficar procurando depois, não colocar toalha molhada em cima da cama, fechar a torneira do lavatório enquanto se escova os dentes ou se barbeia, a princípio, parecem insignificantes, mas nisso reside a luta para vencer a tendência básica de vida negativa. Seguindo mais adiante, temos nossa postura ao fazer o Gongyo, nossa concentração e esforço para ler o BS, nossa assiduidade na participação nas reuniões, nosso esforço e dedicação no trabalho e na família; tudo tem uma inter-relação, do micro para o macro, ou seja, será que nesses “pequenos” detalhes como praticante do Budismo Nitiren, estou em dia como digno discípulo do Mestre?

Agora a questão: Será que não estou permitindo que minha tendência básica de vida domine a minha própria vida? Será que a partir de um determinado tempo de prática não estou confundindo “revolução” com “evolução”?

Vamos pensar seriamente no assunto...

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